Jornada internacional de reflexão pedagógica – Parede 2022

No passado dia 31 de maio realizou-se na Escola Secundária Fernando Lopes Graça uma Jornada internacional de reflexão pedagógica – Parede 2022, envolvendo elementos de uma delegação belga (flamenga), 34 elementos, o nosso diretor, outros elementos da direção, professores, técnicos especializados e alunos do nosso agrupamento, bem como a diretora pedagógica da Escola os Aprendizes – Cascais, professora Joana Querido, o diretor Cesário Silva, professores e técnicos especializados do agrupamento de escolas de Marinha Grande Poente – Marinha Grande, professores e técnicos especializados do Agrupamento de Escolas Fernando Casimiro Pereira da Silva – Rio Maior, e, via videoconferência, o diretor do
Agrupamento de Escolas de Cristelo – Paredes, Mário Rocha, num total de 60 participantes.
Esta jornada surgiu como resposta a um desafio lançado por uma organização belga denominada GO!, composta por trinta e quatro responsáveis regionais pela gestão de conjuntos de escolas flamengas, que veio a Portugal fazer uma visita de estudo.
Durante a jornada, após um momento de boas-vindas e enquadramento, os participantes foram distribuídos por grupos de trabalho, tendo partilhado, em inglês, as suas práticas / conhecimentos / reflexões / inquietações relativas a quatro temas-chave: educação inclusiva; ensino profissional; educação digital – lições aprendidas durante o período de confinamento
devido ao COVID e perspetivas futuras; escassez de professores e estratégias de acolhimento de novos professores, bem como carreira e desenvolvimento profissional docente.
No final do encontro, após uma breve súmula e sublinhado dos principais aspetos debatidos, agradecemos: à GO! por nos ter lançado o desafio de refletirmos sobre temas tão atuais e pertinentes; a todos os nossos professores, técnicos especializados e, em especial, alunos que,
para além dos seus afazeres diários, ao longo de vários dias, em conjunto, com empenho e profissionalismo foram estruturando as suas reflexões e preparando os seus contributos; à diretora pedagógica da Escola os Aprendizes e aos diretores, professores e técnicos especializados dos agrupamentos de escolas envolvidos, que prontamente acederam ao nosso
desafio – mobilizando generosamente tempo e meios para estarem connosco -, pelos seus tão pertinentes e enriquecedores contributos. Cabe aqui uma palavra de agradecimento especial para a professora Sara Luzio, Ana Escudeiro e todos os assistentes técnicos e operacionais que ajudaram a organizar o evento, bem como para a professora Leonor Mendinhos e os alunos do 7.º B que encerraram o evento com um breve, mas muito agradável, momento musical.
Em conversa posterior com o representante da GO!, Jens Vermeersch, ficámos a saber que eles ficaram muito agradecidos e impressionados com a forma como organizámos os grupos de trabalho, nomeadamente, a forma sincera e natural como partilhamos as nossas perspetivas, o facto de termos privilegiado a heterogeneidade ao convidarmos representantes de outras escolas, e, em particular, o facto de termos dado voz aos alunos, permitindo que participassem no debate de temas, para os quais geralmente não são chamados, bem como o excelente domínio da língua inglesa que eles demonstraram. Além disso, os participantes belgas deixaram Portugal com um sentimento muito positivo e num futuro próximo alguns dos participantes provavelmente vão tentar estabelecer ligações com as escolas portuguesas através do Erasmus+.
Fazemos votos para que este não tenha sido um momento singular, mas sim o início de uma dinâmica de reflexão interna e externa – criando periodicamente momentos onde, com grande abertura, se promova o trabalho colaborativo em rede -, sobre como continuar a construir uma escola cada vez mais inclusiva, que providencie condições para que todas as crianças e alunos possam concretizar o seu máximo potencial de aprendizagem e desenvolvimento.

Professor Paulo André

Apresentação da Prova de Aptidão Profissional do Curso Profissional Técnico Auxiliar de Saúde

No dia 23 de junho foi realizada, no auditório do AEP, a Prova de Aptidão Profissional dos alunos do 12º ano do Curso Técnico Auxiliar de Saúde (TAS). Esta prova consiste na apresentação e defesa pública, perante um júri, de um projeto estruturante do futuro profissional dos alunos. Fizeram parte deste júri, a Diretora do Curso TAS, professora Aida Cornélio, as professoras Joana Capucho e Sheila Paulino, a enfermeira Mónica Monteiro, do Hospital de Cascais, a dra. Maria José Marques, em representação da CMC e, a professora Rita Zuzarte, adjunta da Direção do Agrupamento.Foi unânime o excelente resultado desta prova, como referido pela enfermeira Mónica Monteiro, que disse ter sido um prazer ter assistido à qualidade dos futuros profissionais de saúde e, pela dra. Maria José Marques, ao dar os parabéns a todos os professores que ensinaram e trabalharam com estes alunos.

Parabéns a todos os formandos e muito sucesso no seu percurso profissional!

Professora Sílvia Neves


Como seria a vida sem os recursos geológicos?

No âmbito da disciplina de Biologia e Geologia, as turmas 11.ºA e 11.ºC1, sob a orientação da professora Mónica Silva, desenvolveram um Projeto sobre Recursos Geológicos, exposto na biblioteca da escola. Este consistiu na elaboração e apresentação de trabalhos e maquetes sobre águas subterrâneas, recursos energéticos renováveis e não renováveis e recursos minerais. Para auxiliar na sua interpretação, foram também expostos cartazes e infográficos realizados pelos alunos. 

A turma 11.º C1, apresentou ainda alguns destes trabalhos aos alunos da turma D do 8.º ano, nas aulas de Ciências Naturais e Físico-Química das professoras Sílvia Neves e Ana Fontainhas, de modo a fomentar a partilha de conhecimentos entre alunos de diferentes idades.


Passeio de professoras/es

No dia 8 de julho realizou-se o 18º passeio de professoras/es do
Agrupamento de Escolas de Parede, mais uma vez organizado pela
professora São Morais.
Desta vez o passeio foi a Salvaterra de Magos com passagem
pela Falcoaria Real e Aldeia de Escaroupim.
Depois de dois anos tão atípicos, foi muito bom retomar esta
iniciativa que permite o convívio entre professores de todos os
ciclos, algo que durante o ano letivo nem sempre é possível.
Para muitos professores foi a primeira vez que participaram nesta
iniciativa e já está prometido novo passeio para o próximo ano.
Onde? Ainda não se sabe, mas a professora São Morais já está a
tratar do assunto!
Boas férias a todos!

EB Santo António | Entrevista à escritora Elsa Correia Pereira

Entrevista realizada à escritora Elsa Correia Pereira na Escola Básica de Santo António-1º ciclo, durante a visita da autora. Os alunos do 4º ano, Isabella Santos, Diego Silva, Renan Martins e Sara Ramos prepararam e realizaram a entrevista de forma autónoma, sob orientação da professora bibliotecária Ana Paula Gomes. 

– Porque escreveu um livro para crianças?

Por duas razões: porque eu gostava que a história de uma parte da família, a família do meu pai, ficasse escrita e, no fundo, escrevi a história da Quinta da Alegria que é a história real dos meus avós paternos. Eu gostava que isso ficasse registado para os meus filhos e futuras gerações. 

– Quando lhe surgiu a ideia de escrever este livro?

A primeira vez que me surgiu a ideia foi para um concurso de literatura infantil do Pingo Doce no início de 2018. Então passei o livro a escrito, já tinha algumas ideias  mas passei  a livro nessa altura para concorrer, mas não ganhei . 

Porque escolheu as notas musicais como personagens principais?

Porque gosto muito de música e acho que para as crianças, transmite alegria, a música. Queria também transmitir a ideia de amizade de sete amiguinhos que andam sempre juntos e que, no caso deles, enfrentaram o desafio de ir à procura… Então, transmite o conceito de alegria e amizade.

– Porque é que o livro tem músicas?

Para mim, tanto a escrita como a música, são formas de criatividade, de pôr em ação a nossa imaginação. Então juntei esta duas formas de criatividade que eu gosto muito. A escrita e a música, a composição de pequenos poemas, mas musicados e acho que, também para as crianças, uma verdade, um princípio, uma aprendizagem é mais fácil de memorizar através da música. Algumas crianças mais pequeninas ainda não sabem ler bem, então a música ajuda a memorizar.

– Porque escreveu o “Diário de uma mulher feliz”?

O “Diário de uma mulher feliz” é um livro para adultos, especialmente para mulheres, também pode ser para jovens e adolescentes e é um livro que tem como objetivo encorajar. Vocês sabem que às vezes os adultos passam por problemas, enfrentam dificuldades. As crianças passam tempo a mais a brincar, claro que às vezes também têm problemas, mas distraiem-se mais uns com os outros nas escolas a brincar. Às vezes os adultos com os seus problemas ficam a pensar muito naquilo, ficam desencorajados, alguns até ficam tristes ficam doentes choram e eu escrevi este livro para que as pessoas possam ler um capítulo todos os dias essa é a ideia (40 capítulos) e tem lá palavras de ânimo que ajudam a trazer alegria para as pessoas terem força para o dia a dia para continuar

–  Está a pensar escrever outros livros?

Sim, já pensei nisso.

– Nesse caso, qual seria o título?

 Eu já pensei em escrever novamente para adultos, mais para senhoras. Talvez seja mais o meu público.

Sobre  o medo.  Coisas que fazem as pessoas ter medo, ficarem tristes ou desencorajadas. Talvez o título fosse:  40 dias sem medo ou alguma coisa assim. 

– Além de escrever, tem outra profissão?

Eu sou socióloga. 

– O que faz um sociólogo?

Um sociólogo faz muitas coisas. Eu tirei uma licenciatura e depois podemos encaminhar para diferentes áreas. Há sociólogos que trabalham com os recursos humanos das organizações das empresas. O que significa isso?  Cuidam das pessoas que estão a trabalhar numa determinada empresa.  Portanto, tratam, por exemplo, dos seus salários, das formações. Veem se eles faltam, se veem trabalhar. Também podem trabalhar, como é o meu caso, em Associações de Solidariedade. Associações que cuidam das pessoas, de famílias que precisam de alimentos, de idosos que precisam de alguém que cuide deles. Eu trabalho numa dessas Associações.

Os sociólogos também podem fazer outras coisas como investigação. O que é isso? É , por exemplo, quando há um problema , imagina que há um problema aqui na escola, isto é só uma hipótese não é real; “imagina  que alguém deteta aqui na escola que há uns meninos que faltam muito”. Os Senhores professores querem saber porquê. Então um sociólogo pode lançar uns inquéritos, que são umas perguntas para os pais dos meninos responderem. Depois, tentarão chegar a uma conclusão, o porquê de aqueles meninos faltarem muito. Imaginem que vamos descobrir que aqueles meninos não vivem com os pais e vivem com outras pessoas que têm dificuldade de os trazer à escola ou, que aqueles meninos têm falta de dinheiro e não conseguem pagar um transporte para vir para a escola. Estou só a inventar hipóteses. Um investigador é alguém que vai para um sítio qualquer e tenta perceber porque algo acontece. 

Entrevista realizada por Isabella Santos, Diego Silva, Renan Martins e Sara Ramos (4º ano-  EBSA)