Por que derrubamos estátuas? – Palestra

No dia 8 de maio, o investigador Carlos Vargas, do Laboratório de História da FCSH da Universidade Nova de Lisboa, confrontou os alunos com algumas questões muito interessantes e polémicas. O investigador começou por analisar o caso do derrube da estátua de um traficante de escravos chamado Edward Colston, na cidade de Bristol em junho de 2020, como forma de protesto antirracista após o assassinato de George Floyd.

7 de junho – Manifestantes derrubam estátua do comerciante de escravos Edward Colston, em Bristol, na Inglaterra — Foto: Ben Birchall/PA via AP

Debateu-se então se há valores “intocáveis” ou em mudança e as diversas reações sociais a essas mudanças ao longo dos tempos. 

Sobre a atualidade, o exemplo de Bristol ou outros casos, nos EUA, Ucrânia, Estónia e Letónia, por exemplo, foram  apenas o mote para uma reflexão mais profunda sobre a presença de figuras do passado no espaço público:  – Devem permanecer? Devem ser retiradas se, por exemplo, atentam contra os direitos humanos? Devem ser colocadas em museus e contextualizadas? 

Estas e outras questões colocaram os alunos dos 11.º A e 12.º E e F e as suas professoras, Manuela Duarte e Cristina Antunes, a refletir sobre um tema muito fraturante na atualidade.